Arnaldo em um impasse

Arnaldo acordou uma manhã querendo um café quentinho. Levantou, tomou uma ducha e foi colocar a água para ferver. Somente quando as bolhas começaram a aparecer no fundo da leiteira que Arnaldo percebeu que o pó de café tinha acabado. Você não pode imaginar a decepção do nosso amigo Arnaldo. Tudo o que ele queria desde que se levantou naquela manhã era um café quentinho. Passou o tempo todo debaixo do chuveiro pensando naquele aroma doce e naquele sabor amargo.

Arnaldo tinha um problema em suas mãos. O que fazia tudo ser ainda mais difícil era que ele estava acostumado a tomar uma xícara de café antes de resolver qualquer problema. Ele se encontrava, então, em um grande impasse naquela manhã. De onde iria tirar a energia e motivação para resolver a questão da falta de pó de café? Não tinha solucäo, aquele dia estava perdido.

De repente Arnaldo começou a sentir o aroma entrando pelas suas narinas. Falou para si mesmo "A falta de café e a situação estressante em que me encontro estão me fazendo alucinar. Não tenho café, mas sinto cheiro de café.". Ele tentou se acalmar, sentou-se em uma cadeira, bebeu um copo de água, respirou fundo. Mas o cheiro de café apenas se intensificava. Ele se desesperou por um momento. "Só posso estar louco!", disse para si mesmo.

Um som vindo de fora entrava pela sua cozinha pelas janelas abertas. Aquele som o salvou daquele momento de aflição. Era a voz de um homem que gritava primeiro de longe e que se aproximava a cada segundo. A voz dizia "Café quentinho, feito agora, só dois reais!!". Arnaldo nunca tinha se sentido tão aliviado em toda a sua vida. Estava salvo! E estava salvo o seu dia!

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