É o vento ou sou eu?

Dia 3 de Novembro de 2019.
Auckland, Nova Zelândia.

Exercício de criatividade - páginas matinais

Uma pantera cor de capim disse uma coisa só para mim. O começo da história era mais ou menos assim. Corre menina cor de carmim. Corre que o tempo, mesmo longo, tem fim.

Acho que não tenho nada para escrever hoje aqui nessas páginas. Vamos preenchê-las com palavras vazias, sem sentido, sem significado, sem conteúdo. O vento voa, voa a vento. Vento vai fazer parte da minha vida agora né. Uma grande parte. Será que algum dia eu realmente prestei atenção no vento? O vento certamente nunca prestou muita atenção em mim. Ele só passa sem parar, sem reparar por onde passa. Não tem tempo para fazer amigos, para dar uma certa atenção às coisas. Está sempre com pressa, sempre passando, nunca parando, nunca ficando. Mas aqui parece que o vento ficou, parece que fica porque ele está sempre aqui. Mas se está sempre aqui é porque ele está sempre passando. Então ele não fica, mas ele sempre está. Ele sempre está presente, mas está sempre de passagem. E como saber se é o mesmo e não um outro se está sempre passando? Não dá para olhar bem na cara para tentar reconhecer se é este o mesmo vento de cinco minutos passados. Pode ser que seja o mesmo, que ele venha e volte. Pode ser que ele só vá e que depois o que venha atrás seja um outro. Não dá para saber. Não dá tempo, quando vemos já passou. Ele não me dá a chance de perguntar.

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