Benévola ignorância

Chama-me de romântica. Do que quer que deseje. Não importa.
Não posso conceber a vida sem a paixão. Concebendo a paixão não como uma coisa passageira e superficial, mas sim como a forma mais intensa de amor.
Digo a mim mesma volta e meia que sou fã da serenidade. Oh! Quem me dera ter controle completo sobre o que se passa em minha cabeça e coração. Mas se pensar bem, ou melhor, se me deixar viver, mudo de ideia logo. O que seria de mim sem os arrebatamentos e as perdas de cabeça que me acometem? Mais ainda, o que seria da vida?
Algo plantou essa noção em mim em tempos passados, mas não longínquos. E agora carrego essa maldição pela vida. Pois veja... não há amor, menos ainda paixão, sem dor e sofrimento.
Uma estaca enfiaram no meu peito, cheia de amor. Esta foi arrancada. Restou em mim o buraco, cheio de sofrimento.
Me vejo na beirada de um abismo com uma parede que se aproxima às minhas costas. Não há volta... e não há aonde ir.
Escondo tudo com humor, a melhor máscara do mundo. Mas a verdade sempre dá um jeito de mostrar-se. E a dor aqui está.
Sei que falta algo. E em vezes penso saber de que se trata. Mas nada sei na verdade. E gostaria de nunca ter sabido de nada.

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