Ponto do conto

Naquele dia eu cheguei bem perto do meu marido e lhe disse:
- Querido, por que você nunca me deu flores?
Ele não pensou muito e me respondeu:
- Querida, explico-me. A toda oportunidade que tenho de lhe ofertar uma flor paro e penso. Logo chego à conclusão de que devo guardar o dinheiro, a energia e a intenção para que um dia, acumulando estas coisas que guardei durante toda a oportunidade de lhe dar uma flor, possa lhe dar um jardim inteiro. Onde possam existir flores vivas de diversas cores que iram durar por todo o tempo em que receberem o que necessitam.
Achei uma explicação razoável. Sei que inventou na hora e que certamente nunca verei o meu jardim com todas as flores. Mas pelo menos agora posso imaginar uma coisa bela que nunca terei. Posso imaginá-la enquanto durar o meu marido.

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