Na FEMAR

Um dia, Filisteu se levantou da sua cama e ficou andando em círculos pelo quarto, pisando em seu tapete felpudo que lhe massageava os pés. Aquela ideias o havia arrancado da cama às sete horas da manhã em pleno sábado - dia em que, normalmente, aproveitava para dormir até o meio dia. Ele andava pelo quarto, de um lado para o outro, tentando vislumbrar uma maneira de por seu "plano" em prática. Depois de circundar o equivalente a alguns quilômetros, ouviu uma espécie de sino interno em sua cabeça, sentou em sua mesa de estudos e escreveu cerca de 27 páginas em seu "caderno de croquis". Achando que sua grande ideia estava bem guardada, desceu para tomar café da manhã com Adelaide - que acordava cedo todo dia para correr - e, depois de comer, dormir mais um pouco, era sábado, no fim das contas.
Quando o viu chegando na cozinha àquela hora da manhã, em pleno sábado, com aquele estranho brilho no olhar e escutando um sonoro "Bom dia!", Adelaide percebeu que alguma coisa estava acontecendo, ou ia acontecer.
- Teve um sonho bom? - perguntou Adelaide.
- Tive pesadelos horríveis. - respondeu Filisteu - estou rolando na cama desde as 5:30h da manhã em um estado de semi-adormecimento.
- Sério?! Mas você está com uma cara ótima!
- É... Adelaide, vou comprar um barco! - e, quando Filisteu disse isso seus olhos brilharam ainda mais - Um barco e um terreno na praia do Agarapé.
Adelaide deu uma risada e lançou um "que bom" desacreditado. Mesmo percebendo que não estava sendo levado à sério, Filisteu não tentou prolongar o papo naquele momento, depois de dormir mais ele seria capaz de explicar seus planos para Adelaide de uma maneira que cativaria seu coração de tal forma que ela sequer buscaria qualquer tipo de contraponto ao que ele queria alcançar.

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