A ressaca moral

Já parou em algum momento e se perguntou: "Por que faço isso comigo?"

É muito bom por alguns momentos, mas você sabe que tudo tem consequências, e essas coisas tão boas podem ser tão ruins... São as mais perigosas.

Você insiste mesmo que sempre receba a mesma resposta. Deveria estar convencida de que não deve, mas a teimosia é maior, porque ainda assim é tudo muito bom naqueles momentos. Esses momentos são muito volúveis, alguns voláteis. São sensíveis... Ou eu sou sensível. Uma palavra errada acaba com a magia. E tudo fica muito ruim... Como um gosto amargo depois de se comer algo que não se devia. Quase um arrependimento. E a pergunta: "Por que faço isso comigo?".

Talvez seja melhor ter esse tipo de pensamento do que ter um que pergunte porque está fazendo algo a alguém. A peso da responsabilidade sobre si mesmo é sempre menor do que o peso de alguma responsabilidade envolvendo outras pessoas. Mas eventualmente, se não resolvemos parar a tempo, acabamos ampliando as consequências de um modo que acabam envolvendo essas outras pessoas. E isso até que não é difícil, nem demorado. Porque a vida se vive junto com pessoas... E esses momentos não seriam tão bons sem a participação delas. Mas elas só sofrem as consequências se estiverem tão envolvidas no processo quanto você.

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