Diário de Viagem - Morando na Itália

26/03/2013 - 23:51 - Siena, Itália

Estou muito agitada. Estou cansada, mas agitada, e não consigo dormir. Acordei cedo hoje e quando acordo cedo essas coisas acontecem, meu organismo é meio doido. Amanhã tenho prova de italiano, mas pelo menos a prova é de tarde, então não preciso me preocupar tanto que não consigo ir dormir cedo. Fiz um cházinho de finocchio (erva doce de Siena, de Siena porque tem um gosto diferente, gosto de Siena, de tudo o que tem de comer por aqui ) pra ver se dá um jeito.

Hoje acordei oito horas - sim, isso é muuuuito cedo - para ir visitar, com a turma do curso de italiano, o Archivio di Stato di Siena. Valeu muito a pena! Além de comer um croissant de Nutella com um capuccino no café da manhã e ver as duas freiras pilotando o possante, a visita foi muito interessante. Nunca pensei que pudesse achar tão fascinante um lugar cheio de papeis velhos com registros do século 14. Vou voltar lá com certeza. Minha empolgação foi tanta que pedi para a professora fazer uma lista pra mim com os lugares que ela pensa que eu devo visitar.

Amanhã depois da prova tenho que arrumar as minhas coisas para ir para a casa da Maria Luiza. Vão fechar a residência para a páscoa e eu vou ficar na casa dela nos dias em que não estiver em Nápoles. Além disso tenho que terminar a minha apresentação da prova oral de italiano e apresentar na sexta antes de entrar nas minhas mini férias.

Consegui enviar os trabalhos da UFF e já saiu uma nota no iduff... PASSEI! \o/ Felicidade deiz.

Escrevi umas besteiras hoje na aula de italiano, saca só:
"Essa história de que os italianos falam com as mãos é meio verdade e meio incompleta. E me faz pensar sempre. Desde que cheguei aqui tenho a impressão de que no idioma italiano faltam palavras. Pensava que talvez essa ideia me viesse à mente porque eu não conhecia muitas palavras, mas depois de morar aqui por um mês, a impressão que tenho é que os próprios italianos não conhecem essas tais palavras, se é que elas existem. Todos repetem muito palavras como 'ecco' e 'insomma', que podem significar tudo e nada. Fazem muitos barulhos que não são palavras e umas caras de quem entendeu pela expressão do interlocutor que o mesmo compreendeu o que estava sendo dito e, portanto, não ha a necessidade de mais palavras. Acho que aqui não se fala só com as mãos, mas também olhando nos olhos e adivinhando o que o outro quer dizer - e fazendo de conta que realmente entendeu quando o outro faz um grunhido que diz que ele entendeu que você entendeu."

Agora vou tentar mimir, xua pá quein fican. ;)

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