As pessoas como livros

E se as pessoas são como livros? Que tipo de livro você gostaria de ser? E que tipo pensa que seja?

Haveriam então pessoas como livros abertos, disponíveis para serem desvendadas por qualquer amante de uma boa leitura. E também livros fechados, que desafiam ao leitor abrir a capa antes de poder ler de suas páginas. E também, por que não, aquelas como livros secretos, trancados a chaves ou escritos em códigos, só os detentores das ferramentas corretas podem usufruir de seu conteúdo.

Pois as pessoas são diversas como os livros o são.
Há aquelas como romances melosos, que quem lê quase vira diabético. A vida gira em torno da busca pelo príncipe encantado, do amor perfeito, do felizes para sempre. Vem recheadas de desilusões amorosas, lágrimas estão sempre presentes. Mas tudo dá certo no final, com direito a véu e grinalda.
Pessoas que são como livros de auto ajuda, sempre com um 'bom' conselho para deixar a sua vida mais feliz. Ou um conselho para você ficar rico, salvar seu casamento, desenvolver seus poderes de conseguir tudo o que você quer utilizando sua energia positiva do querimento com vontade mesmo.
Aquelas que são como livros de matemática, que veem a vida através de números e fórmulas exatas. Não sobram páginas para questionamentos e incertezas.
Ou umas como livros de filosofia, nem na orelha há espaço para o certo absoluto. Estão sempre cheios de pontos de interrogações.

As histórias avançam e se modificam, mas os livros não deixam de ser os mesmos.
Eu gostaria mesmo de ser um livro de contos e mudar por completo a cada virada de página. Contos curtos, mas cheios de emoção. Com personagens e cenários sempre variando. Queria eu ser hoje Maria, amanhã João e então Clarisse. Mesmo que todo mundo continuasse me chamando de Mariana. 

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