Long time no nothing

Apesar de tudo, em alguns momentos eu sinto que existe algo além, algo metafísico, que resulta em uma conexão que não sei entender e não sei explicar. Não acredito em acaso, escolhi não acreditar. Daí eu penso em escrever no blog, pois faz tempo que não escrevo, pois ideias povoam a minha mente. Mas acabo deixando de lado... As ideias são muitas e estão desorganizadas, a falta de saco toma conta do meu dia, tenho muitas outras coisas para fazer. E daí vem uma cobrança inesperada dizendo que talvez eu devesse ter escrito e pronto. Eu acho tudo isso muito engraçado, acho que engraçado é tudo o que posso achar mesmo. Então eu venho aqui e escrevo umas frases, porque apesar de normalmente pensar muito – demais – em vezes eu só faço, sem pensar. E é gostoso também fazer assim, fazer por fazer, fazer sem pensar. Colocar música e dançar na sala com os olhos fechados, sem se preocupar que as janelas estão abertas e que todos os vizinhos devem me achar louca. Falar sozinha na rua, como aquela senhora que vi um dia desses sentada na esquina perto da minha casa tendo uma acalorada discussão consigo mesma, e nem me preocupar com o que aquele segurança que eu sempre esqueço que está ali me observando pensa de mim. E escrever frases a esmo, histórias sem começo nem fim, ideias soltas no mundo, que viajam livres até que encontram alguém que as leiam e as consiga encaixar em algum qualquer lugar. E eu, em certo grau, tenho inveja dessas palavras, dessas ideias, que podem se deixar levar pelo vento, que se permitem ser levadas pela vida, sem nem ter consciência de se estão sendo julgadas. E em certo grau eu consegui escolher ser como essas ideias. E na minha vida afetiva eu resolvi ser livre e deixar o vento me levar. Bem, talvez não em absoluto. Posso dizer que tenho o controle dos pontos e das vírgulas e, por conta disso, posso escolher continuar uma sentença, mudar o significado de uma frase,  ou por um ponto final para terminar uma história.

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