Praia de Camboinhas e eu voltando para o blog.

Niterói, 26 de Fevereiro de 2020.

Fazia muito tempo que eu não ia à praia de Camboinhas. Acho que a última vez em que fui à Camboinhas nem desci para a praia. E faz pelo menos cinco anos desde essa vez daí.

Hoje o despertador me acordou oito da manhã. Eu senti que poderia ficar dormindo para todo o sempre, estava me sentindo muito cansada, e olha que fui deitar ontem antes das nove da noite. Pode ser cansaço acumulado das noites anteriores pouco dormidas quando eu estava em Mambucaba na casa dos meus pais. Agora mesmo são nove da noite e eu estou super cansada, poderia ir dormir, mas resolvi escrever por aqui porque escrever nessa bagaça tem que se tornar rotina e pronto.

Não desanime, querido leitor, com a falta de qualidade do que me proponho a escrever no dia de hoje. É assim mesmo, fiquei longe por um tempo e desaprendi a contar sobre o que me rodeia de maneira mais interessante. Por isso mesmo voltei, porque sei que se eu insistir em escrever tudo isso aqui vai melhorar. Tudo isso que agora é mato vai um dia se tornar uma civilização inteira. Se você não desistir de mim pode ser que um dia você leia algo de que goste muito. É um risco que eu acredito que vale a pena.

O dia amanheceu nublado, mas bem quente. A Suenne me disse que eles iriam passar para me buscar por volta das oito e meia. Acordei, me arrumei e fiquei esperando. Não cheguei a tomar café da manhã porque não daria tempo e porque não tem nada para comer em casa de qualquer forma. Acontece esse tipo de coisa quando a gente mora sozinha. De vez em quando falta disposição para ir comprar comida, e não dá para comprar muita coisa mesmo porque senão estraga já que somos só nós comendo; quero dizer, sou só eu comendo mesmo. A minhas geladeira está praticamente vazia na maioria dos dias. Recebi a mensagem da Suenne dizendo que já estava me esperando lá embaixo. Tive a audácia de ir fazer xixi antes de descer mesmo que eles estivessem esperando; melhor que ficar cheia de vontade dentro do carro, né? Estavam dentro do carro a Su, o Roberto, o Cleber e o Thales. Entrei e nos fomos. O carro seguiu em direção à Charitas para pegar o túnel, que foi relativamente recentemente construído e que realmente faz com que a Região Oceânica pareça bem mais perto de Icaraí. Em um piscar de olhos estávamos passando ali pelo Cafubá e logo logo já estávamos chegando ao nosso destino. Ao sair do carro sentimos umas poucas gotas na cabeça, então pegamos o guarda sol para se houvesse a necessidade de um guarda chuva. Descemos pelo quiosque da Tia Lúcia e nos acomodamos nas cadeiras vermelhas de plástico que ficam dispostas na areia. No fim o dia se mateve firme, o sol aparecia e se escondia detrás das nuvens a seu bel prazer.

Camboinhas é uma praia enorme que fica entre as praias de Itaipu e de Piratininga. Suenne justificou a escolha dizendo que eles tinham visto que o mar em Itacoatiara estava de ressaca e ela queria mergulhar. Em Camboinhas pode bater forte de vez em quando, mas não tanto quanto em Itacoatiara. Hoje o mar estava tranquilo, umas poucas ondas balançando a gente dentro d'água. Assim que chegamos vimos muitos homens pescando ali na beira do nosso lado. Tenho que confessar que sempre fico nervosa quando tem gente pescando na beira d'água porque fico com medo de me machucar com aquela linha quase invisível que fica estendida ali. Eu que já tenho nervoso de tudo quando entro na água; nervoso de onde tó pisando, em que estou pisando, do que estou vendo, do que não estou vendo, nervoso daquele bicho que vai vir das profundezas da água para me comer, enfim, coisas normais. Hoje infelizmente tiramos muito lixo do mar e da areia ali na beira: pedaços de garrafa de vidro e uma enorme quantidade de tampinhas de garrafa de cerveja, umas tão enferrujadas que eu imagino que não tenham sido descartadas muito recentemente. Para finalizar a porcaria os caras que estavam pescando limparam os peixes ali mesmo e deixaram boiando umas cabeças com as tripas penduradas, lindo. Fora a sujaiada a praia estava muito boa. Nem tanto sol. nem muito quente e nem frio. Eu senti que relaxei e aproveitei estar na praia como não fazia há muito tempo.

Tem muito mais que sinto que poderia contar, mas como já estava mesmo muito cansada antes de começar a escrever vou parar por aqui. O importante é que eu recomecei, vai melhorar com o tempo. Tenhamos fé. Beijo nos pé. 

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