Reflexão sobre as ideias

É engraçado perceber as ideias passando pelas nossas cabeças. Não são necessariamente as nossas ideias, mas ganhamos tamanha intimidade com elas que passam a ser. Esquecemos de onde elas surgiram, porque talvez isso não importe. Ao mesmo tempo não é difícil de ver como as ideias na nossa cabeça, sendo nossas ou não, e os nossos pensamentos são influenciados pelos alimentos intelectuais que escolhemos para nós. O que lemos, os filmes que assistimos, as músicas que escutamos, as pessoas com quem conversamos e até as experiências que vivemos ajudam a moldar o como e o que pensamos. Além de ter impacto no que acreditamos e em como  nos sentimos em relação às coisas. Será que somos meros produtos de cada ocasião? E no que se baseiam as nossas escolhas para esse alimento intelectual? Somos apenas frutos dos nossos tempos? Estamos presos a uma consciência coletiva que acaba ditando o que é aceitável e o que não é? Sem que possamos perceber, sem que possamos ter certeza e sem que seja possível fazer algo sobre tudo isso? Seriamos então apenas corpos flutuando nesse líquido gigante que é a humanidade e todo o seu desenvolvimento. Isso mostraria a gente como parte do todo, mas nos excluiria nossas características únicas que gostamos de acreditar que temos. Teríamos apenas uma unidade material, porque somos um corpo finito e destacado de outros corpos. Mas esse corpo seria apenas um vaso onde estão despejadas as questões do mundo desenvolvidas dentro do todo, nada original só da gente. Claro que como todo ser humano eu não gosto de acreditar que essa seja a realidade. Gosto de me sentir única e especial também. Mas isso não significa que essa seja a verdade.

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